segunda-feira, 28 de setembro de 2009

FIDELIDADE OU EXCLUSIVIDADE (Pós-balanço)

Este é um tema que pode levantar muitas questões. Poderão pensar que é a forma que os homens arranjam para se justificar porque serão eles quem porventura terão maior necessidade de se questionar sobre a fidelidade. Acreditem que não tem nada a ver com isso, foi apenas uma rajada de vento que me soprou na cabeça com muita força e me empurrou para este lado..lol.
Quando comecei a escrever este texto a ideia que me ocorreu foi, afinal nas relações, que querem os amantes um do outro, fidelidade ou exclusividade? Exclusividade do parceiro implicaria ser o único para ele, foi o que pensei, no entanto questionei-me, e fidelidade? Na altura pareceu-me ambíguo, ser fiel quererá dizer tendo outros parceiros mas voltando sempre ao meu nro um não deixaria de ser fiel? hummm... Quis apenas levantar a questão (daria pano para mangas e provavelmente uma feroz guerra dos sexos..;-)).
Contudo, hoje voltei a ver a definição da palavra fidelidade. Não posso precisar mas tenho quase a certeza que foi acrescentado um ponto que antes era apenas subentendido. Pesquisei no google e através da infopedia, chamou-me à atenção o ponto 6 ; cumprimento dos compromissos de monogamia assumidos com cônjuge, companheiro(a) ou namorado(a)cumprimento dos compromissos de monogamia assumidos com cônjuge, companheiro(a) ou namorado(a).
Pronto. Nada tenho mais a dizer sobre o assunto.
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P.s. Estou a tentar cumprir aquilo a que me tinha proposto quando iniciei este blog ... Estou a tentar não desisitir. Fui bem aconselhado :"You can’t let your failures define you, you have to let your failures teach you." (Barack Obama)

domingo, 24 de maio de 2009

FIDELIDADE OU EXCLUSIVIDADE

Não tem sido fácil encontrar-me aqui. Não tem sido fácil multiplicar-me e diferenciar-me. Nem sempre é fácil saltar entre a emoção e o concreto, entre a razão e o abstracto.

Há dias, na cidade universitária, caminhando entre a gente, o pensamento fugiu-me para as relações.
É frequente levantar-se questões sobre relações perfeitas, companheiros perfeitos, companheiros de sonho, etc. É frequente falar-se em fidelidade, em confiança e questões semelhantes. Não, não há nenhuma razão especial para me ter lembrado desta questão, foi como acordar.
Este texto foi iniciado há já bastantes dias e por alguma razão não o acabei na altura. Normalmente os meus textos são corridos e no fim corrigidos se necessário.
Este está inacabado e vai ficar assim.
Estou a fechar as palavras para balanço.
Não irei escrever em nenhum dos blogs.
É tudo.

sábado, 9 de maio de 2009

OBJECTUM SEXUAL OU OBJECTÓFILA ( O comentário Possível)

Andei durante dias a tentar encontrar um sentido, algo que pudesse dar alguma razoabilidade a este tipo de relação mas não consigo. Se alguém conseguir, por favor partilhe.
Se me perguntarem qual a palavra que mais gosto direi, Amor, para mim,a fonte de toda a vida, porque amor abarca tudo o que há de bom e elimina consequentemente tudo o que há de mau. Mas amar objectos? É o cúmulo de amar sem esperar nada em troca. Ainda que quisesse ser romântico e tentasse imaginar que estas mulheres iriam tirar algo de sentimental e satisfatório não o conseguiria idealizar. Parece-me loucura pura, talvez mesmo esquizofrenia. Talvez pense assim hoje porque o tempo está cinzento, porque gritam trovoadas que estremecem a janela da minha sala, talvez seja por isso, ou então não. Talvez seja mesmo inconcebível abraçar a Torre Eifeel.
Os entendidos explicam as razões, traumas com pessoas na infância, mas surpreende-me depois que aceitem com naturalidade estas "relações" e dizem que dura há anos, 20 anos. Não era suposto ser considerado uma doença mental, insuficiência psicológica? Quem é que realiza o casamento entre uma pessoa e um objecto inanimado?
Sou a favor de cultivar o amor sim mas não seria capaz de aspirar a tanto. Perguntam-me, mas porquê só mulheres? A autora do documentário responde, "os homens só gostam de carros". Sem comentários! Eu concluo que homens doentes mentais são mais envergonhados.

terça-feira, 5 de maio de 2009

OBJECTUM SEXUAL OU OBJECTÓFILA

Na última edição da revista Sábado do dia 29 de Abril li um artigo que achei no mínimo curioso.

Esta frase captou a minha atenção:"HÁ MULHERES QUE TÊM SEXO COM PONTES".

O artigo refere-se a Agnieszka Piotrowska, realizadora polaca, que filmou um documentário sobre mulheres que manifestam sentimentos de afecto ou obsessões amorosas para com objectos.
Neste documentário a realizadora entrevista doze objectófilas de entre 40 que encontrou na sua pesquisa, que são as que existem no mundo. "São mulheres que apaixonam-se por qualquer objecto, sistemas de audio, locomotivas, pontes, vedações, o muro de Berlim ou a Torre Eiffel." Apenas uma das mulheres entrevistadas tentou uma relação com pessoas mas "achou a relação sexual humana demasiado díficil".

Lê-se no artigo: "O momento mais constrangedor do documentário Married with the Eiffel Tower (casada com a Torre Eiffel) é protagonizado pela norte-americana Amy. Ela está a acariciar a balaustrada que rodeia o altar da igreja que frequenta, quando entra o padre. É a primeira vez que confessa o seu amor pela balaustrada e chora com medo que o sacerdote a expulse. Mas o padre Mark é compreensivo e diz-lhe. "Todos são bem-vindos à casa de Deus"."

Dois consultores psicólogos fizeram parte do projecto e o consenso a que chegaram é de que "a sexualidade relacionada com objectos é provocada por problemas na infância, causadas por maus-tratos e negligência - incidentes que tornaram muito díficil a relação com as pessoas". Julgam que estas pessoas optam por uma aitude defensiva face aos humanos. "Um objecto não é agressivo, não nos vai desiludir, não nos irá trair - porque não haveríamos de gostar?"

Dá que pensar? O quê? Por agora só quero deixar o registo.

sábado, 2 de maio de 2009

MANKIND IS NOT AN ISLAND???

Foto de Marlene Fernandes - Rossio (Lisboa- 2009)



A HUMANIDADE NÃO É UMA ILHA! Alguém gritou! Silenciou sorrisos, gerou pânico, fez emergir pensamentos, acendeu olhares antes distraídos e depois observou ele próprio. O peso da culpa fez-se nuvem insustentável e chovia nos rostos das pessoas presentes uma dor cínica. Foi-se espalhando pela pele e desfez-se em piedade líquida. Escorria sem parar. EU TAMBÉM ESTOU PRESENTE. Confesso-me culpado. Por ivalidez, por impotência, por desprezo. Por momentos tenho a cabeça baixa e é como se eu fosse chão onde te deitas SEM-ABRIGO.

Quando te vejo és assim, essa imagem só, caída entre a gente, indefinida, contornada por sombras e sem rosto (porque nunca ousei olhar-te nos olhos). És uma ilha de desumanidade no meio dos que são pessoas, és espelho do conceito em si, ou pelo menos da sua consequência, o reflexo da indiferença e eu sou CULPADO.

A humanidade não é uma ilha! A ilha é o resultado da inoperância da humanidade. ÉS TU. És tu desenhado na horizontal no meio da Praça do Rossio enquanto as pessoas passam e observam, interessadas, as filmagens de um filme francês qualquer que não sabem o nome nem nunca vão saber. Assim como nunca saberão também o teu. Mas como não poderiam estar interessadas se a cidade está parada, os semáforos ficaram avermelhados e a mobilização policial desvia o seu interesse de qualquer outra coisa, mesmo que te transformasses nessa coisa?

Estás cansado e SEM-ABRIGO, sem ABRAÇO, sem TERRA, sem ALMA, sem VOZ e EU, SEM CORAGEM. Observo-te como se tivesse nevoeiro em frente dos olhos e continuo, sem parar... sigo outros que já iam à minha frente...

To live on the street is to be an "eye-sore", to be ostracized
to havenothing, to be nothing, to be invisible,
the object of anger, the object ofguilt, painfully ignored or pitied.
Rae Bridgman, 1998

Esta foi a definição de sem-abrigo que encontrei. Sem comentários:

Sem abrigo; cidadão que não possui residência fixa e que durante um período mínimo de uma semana, dorme em locais públicos, em alojamentos temporários

quarta-feira, 29 de abril de 2009

MANKIND IS NOT AN ISLAND

Este vídeo foi-me enviado pela minha amiga Andreia Sousa e não poderia deixar de o divulgar.

"O Tropfest é o maior festival de curtas metragens do mundo. Começou há 17 anos atrás em Sydney e no ano passado teve a sua primeira edição em Nova York. O vencedor do ano passado foi este filme que foi totalmente filmado com um telemóvel. O seu orçamento foi de 40 dólares (cerca de 30 euros)!

Vejamos... " O vídeo fala por si...

http://www.youtube.com/watch?v=ZrDxe9gK8Gk

SAIR da PRATELEIRA (PARTE II- Agradecimento)

Num curso de formação de formadores esperava encontrar pessoas que fossem sociáveis e que independentemente da sua personalidade fossem pelo menos aspirantes a comunicadores (que gostassem de conversar portanto...). ;-)

Encontrei. Não fiquei surpreendido.

O que me surpreendeu foi a empatia que existiu de forma natural, o facto de todos serem genuínos e principalmente a humildade que se manifestou em entreajuda e numa atitude ganha-ganha de que tanto se falou durante as sessões de formação. Surpreendeu-me também o facto de todos, de uma maneira ou de outra, terem dado o seu contributo ou dicas para podermos melhorar a vida uns dos outros, quer em pensamentos macro, atitudes ou coisas simples como fazer bacalhau com natas.. :-)

Ao lembrar-me de cada um dos colegas e dos formadores identifico pontos que contribuiram ou para me engrandecer ou que tenham sido úteis para que tudo tenha corrido muito bem. Rui Correia (Dinamismo); Rodolfo Amado (tranquilidade); Nuno Silveirinha (Boa disposição); Aimée Aguiar (Espontaneidade); Ana Lemos (Determinação); Carlos Caldeira (Companheirismo) Fátima Loureiro (Firmeza); Maria Inês Nunes (Simpatia) Susete Oliveira (Evolução) Patrícia Jorge (Proactividade); Tânia Duque ( Dedicação Pedagógica); Tânia M. (Convicção); Eduardo Santos (Maleabilidade); Tiago Ferraz(Cumplicidade nas gargalhadas silenciosas) Rute Carreira (Empatia); Raquel Baptista (Paciência).

Um enorme OBRIGADO!!!!

Abraço
Até breve...

terça-feira, 28 de abril de 2009

SAIR da PRATELEIRA (PARTE I - foi assim...)

Foi assim…
Simplesmente…

Patrícia Jorge, colega do curso de formação de formadores que estou QUASE a acabar é especialista a inspirar pessoas a “saltar” para fora da prateleira. Disse: “no meio de tantas garrafas de água iguais numa prateleira de um supermercado, o que leva as pessoas a escolherem aquela garrafa em particular? Que particularidades tem ela que faça com que seja escolhida em detrimento de outras?” (…). “Na nossa vida temos de criar condições para sermos os escolhidos”. Em outro contexto disse; “Temos de COMEÇAR a construir o nosso legado (…); o que nos impede de começar agora?”

Entendo esta página como um investimento, uma licenciatura, um curso de formação de formadores, um curso técnico de administração ou como um curso qualquer geral de informática… Um salto de pára-quedas no meio do escuro do mundo e que espero que se abra em luz antes do chão, preferencialmente. Visa optimizar a minha relação com as palavras e exercitar a minha relação com as pessoas. De algum modo acredito que terei mais condições para sair da prateleira. Estou a ser pretensioso. Tenho uma fixação por perspectivas e aprecio particularmente a unicidade com que observo o que me rodeia, tenho sempre essa presunção de que outros gostariam de a ter e que por isso devo partilhá-la.

Não me inquieta muito o facto de poder estar enganado. O que faço aqui é precisamente abraçar esse desafio de descobrir que não é uma perspectiva ímpar e poder levantar questões que possam ser interessantes o suficiente para que possam ser alvo de discussão independentemente das perspectivas que cada um tenha.

Não estarei neste blog caracterizado de monólogo. Nunca existirei sozinho. Quer queiramos, quer não, estamos todos juntos na prateleira.